quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Onde anda voce


Como ontem foi dia da saudade e acredito que existe muita gente sentindo saudade de alguém nesse momento, deixo aqui a música de Vinicius de Morais.

Onde Anda Você
Vinicius de Moraes

E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou morto de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares,
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Onde anda você?

Mulher, ou Patroa? O que você quer ser?



Lindo texto da Martha Medeiros. Leia e escolha qual delas você deseja ser.

A MULHER E A PATROA.

Há homens que têm patroa. Ela sempre está em casa quando ele chega do trabalho. O jantar é rapidamente servido à mesa. Ela recebe um apertão na bochecha. A patroa pode ser jovem e bonita, mas tem uma atitude subserviente, o que lhe confere um certo ar robusto, como se fosse uma senhora de muitos anos atrás.

Há homens que têm mulher. Uma mulher que está em casa na hora que pode, às vezes chega antes dele, às vezes depois. Sua casa não é sua jaula nem seu fogão é industrial. A mulher beija seu marido na boca quando o encontra no fim do dia e recebe dele o melhor dos abraços. A mulher pode ser robusta e até meio feia, mas sua independência lhe confere um ar de garota, regente de si mesma.

Há homens que têm patroa, e mesmo que ela tenha tido apenas um filho, ou um casal, parece que gerou uma ninhada, tanto as crianças a solicitam e ela lhes é devota. A patroa é uma santa, muito boa esposa e muito boa mãe, tão boa que é assim que o marido a chama quando não a chama de patroa: mãezinha. Há homens que têm mulher. Minha mulher, Suzana. Minha mulher, Cristina. Minha mulher, Tereza. Mulheres que têm nome, que só são chamadas de mãe pelos filhos, que não arrastam os pés pela casa nem confiscam o salário do marido, porque elas têm o dela. Não mandam nos caras, não obedecem os caras: convivem com eles.

Há homens que têm patroa. Vou ligar pra patroa. Vou perguntar pra patroa. Vou buscar a patroa. É carinho, dizem. Às vezes, é deboche. Quase sempre é muito cafona. Há homens que têm mulher. Vou ligar para minha mulher. Vou perguntar para minha mulher. Vou buscar minha mulher. Não há subordinação consentida ou disfarçada. Não há patrões nem empregados. Há algo sexy no ar. Há homens que têm patroa. Há homens que têm mulher. E há mulheres que escolhem o que querem ser.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Crime Passional - Matei por amor. Será?



Crime Passional – E se não fosse por amor?

Histórias de crimes passionais são antigas, tão antigas quanto a civilização humana. Mulheres e homens sempre foram vítimas de crimes cruéis e justificados por amor. Em épocas mais remotas, (Clássica e Média) era comum e até mesmo banal a pratica desse tipo de crime, uma vez que na maioria dos casos a justiça podia e era feita com as próprias mãos. As vítimas geralmente eram mulheres, já que eram consideradas como coisas, objetos de prazer, apenas uma serva do seu esposo ou amante. Não raro, aconteciam casos em que envolviam homens. 

Essa espécie de delito justificado pelo desejo fomentou a imaginação de muitos escritores que passaram a adentrar no mundo dessas mentes criminosas e supostamente apaixonadas. Entre eles, Agatha Christie, Mary Higgins Clark, (Um crime passional), Elllery Queen, Ruth Rendell e vários outros. Aqui no Brasil também tivemos autores que ficaram conhecidos por escreverem romances realistas que retratavam a vida cotidiana dos indivíduos. Machado de Assis foi a expressão máxima da história da literatura Realista/Naturalista brasileira. Machado centrou seu interesse na sondagem psicológica, ou seja, enquanto escrevia buscou compreender os mecanismos que comandavam as ações humanas. Entre os seus romances de maior relevância está A Cartomante, que narra a história de três personagens, Vilela, Camilo e Rita, envolvidos em um triângulo amoroso e com final trágico para os amantes. 

Histórias de crimes passionais não acontecem apenas na ficção. Atualmente, vários são os casos de crimes amorosos, que diferente do que acontecia antes, não podem ser vistos como de mera importância, devem ser punidos com todo o rigor da lei, uma vez que ninguém, ou melhor, não se mata por amor. Para muitos profissionais, o crime passional é aquele cometido por amor. Para outros, não passa de um tipo de crime egoístico que não pode e nem deve ser explicado ou justificado pela forte emoção, paixão e até mesmo pelo amor. Pois como já dizia Fernando Caio de Abreu: 

“Não que fosse amor de menos, você dizia depois, ao contrário, era amor demais, você acreditava mesmo nisso? Amor não mata. Não destrói, não é assim. Aquilo era outra coisa. Aquilo é ódio” [In Caixinha de Música].

Trechos como este nos fazem refletir e enxergar como a palavra amor está banalizada. Mata-se por amor. Destrói por amor. Maltrata-se por amor. Mas até onde isso pode ser encarado como verdade?
O que leva uma pessoa a matar por amor?
Como já foi dito antes, e ainda de acordo com a escritora e psicóloga americana Mary Higgins Clark, não existe crime cometido por amor. Existem sim, motivos egoísticos e particulares que não permitem ao criminoso deixar que o outro seja feliz . São pessoas que não conseguem conviver com a rejeição por se acharem maravilhosas demais para si mesmas. E assim como são vistas, desejam que outros também assim os enxerguem. No entanto, sabemos que nem sempre acontece assim. O que às vezes é maravilhoso demais para nós, não é para o nosso semelhante e não faz o mesmo efeito.

É crescente a onda de Crimes passional. É realmente assustador o fato de como a coisa vem ganhando proporção. E crimes assim são cometidos todos os dias, em todos os lugares do mundo, por pessoas de várias idades, cor, raça, sexo ou religião. A desculpa mais usada nesses casos é a rejeição. Mas temos de levar em consideração, que não somos seres humanos pertencentes a outros, e que também não pertencemos a ninguém. Somos livres para nos relacionarmos com quem nos sentimos bem, com quem nos faz feliz. Cada pessoa tem o direito de reconstruir sua vida amorosa quando aquele relacionamento em que estava não deu certo. 


Caso seja considerado um crime privilegiado, em conseqüência de como foi praticado, se assim for entendido pelo júri, ter a pena reduzida de um  sexto a um  terço. Este benefício está descrito no art. 121, parágrafo 1º do CP que diz:

 Caso de diminuição de pena

§ 1º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

         De  acordo com Nucci,  essas   são   três  as  hipóteses  em   se   que   podem configurar  o  homicídio   como   privilegiado. E  sendo  ele  reconhecido como   tal,   deve  ser aplicada a redução  da  pena.  Nesses casos, o  agente   atua  movido   por   incontrolável    instinto de agressão,   decorrente  de  dominação    emocional   súbita   e  intensa,   ou seja, estado de choque, que o faz reagir logo em seguida à
provocação sem justificativa razoável da vítima que se transforma em atitude desafiadora, consubstanciada em ofensa, em ato de desprezo, insinuação, humilhação, zombaria, exercício abusivo de direito etc. matando-a. No entanto, a defesa terá que demonstrar que a provocação da vítima foi realmente injusta, não dando chance ao agente pra raciocinar, pra agir com a razão. Como uma tempestade mental que naquele momento foi capaz de aniquilar toda a capacidade de raciocinar e de se conter, ou melhor, que houve nesse exato momento a privação momentânea dos sentidos, e que esses motivos atuaram de forma incontrolável sobre a agente.

 É possível observar que a doutrina aponta como exemplo de violenta emoção, os casos em que um cônjuge flagra o outro em estado de adultério, ou ainda do pai que recebe a notícia de que a filha acabara de ser estuprada. Assim Sendo, entende-se que não aproveita do privilégio aquele que reage e age friamente, emocionado, em razão de dissabores sociais ou discussões banais. Logo, é preciso que haja uma distinção entre os motivos.

Não se pode jamais confundir a violenta emoção com a vingança que advém do ódio não esquecido, adormecido ou do aborrecimento concentrado, enraizado. Deve haver, em conseqüência do fato, necessária proporcionalidade entre a injusta provocação da vítima e a emoção dominante da ação criminosa. Além do mais a reação à injusta provocação da vítima deve ser logo após, de  pronto, sem intervalo. 
Quem ama mata?

De acordo com a psicanalista  e escritora, Tatiana Ades, há dois tipos de amor, o saudável e o patológico. O amor saudável é aquele que ver o outro como companheiro, amigo. É aquele que compartilha sonhos, que deixa livre,  que quer ser feliz, e também ver feliz e realizado o seu parceiro. Por outro lado, o amor patológico ver no outro o seu objeto de desejo. Se não for dele, não é de mais ninguém. E essa fixação, esse sentimento de posse, de ciúmes exagerado, nada mais é que uma capacidade dessa pessoa amar a si própria enquanto ser humano. Há na realidade uma baixa auto-estima que vai criar uma serie de fatores que vai influenciar a mente perturbada do homicida passional. Para a doutora Tatiana, “o homicida passional pratica o crime motivado pelo ciúme, egocentrismo, ódio possessividade, prepotência e até vaidade, o que leva a um incontrolável desejo de vingança e é esse inconformismo que o faz matar para impedir que seu companheiro se liberte e siga sua vida de forma independente”. 

Por outro lado, não devemos esquecer que o amor usado como motivo ou até mesmo desculpa para a prática do crime passional, não deve jamais ser usado como desculpa para justificá-lo.  Somos seres humanos livres para amar a quem quisermos, porque o amor de verdade começa quando aceitamos que o outro também é livre. Não vale a pena!


Ruth Oliveira é jornalista, bacharel em Direito e aluna da Pós-Graduação em Direitos Humanos, Direitos fundamentais e Democracia.

Página da autora



REFERÊNCIAS

Ades, Taty. HADES – Homens que amam demais. Editora: Isis. São Paulo, 2009.

ABREU, Caio Fernando. Morangos Mofados. Editora Agir. 1ª Edição. São Paulo, 2005.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Está solteira? Viaje sozinha e descubra um novo prazer!




As férias estão chegando e você não sabe ainda o que vai fazer? Calma, nem tudo está perdido. Está solteira em plena época de férias também não é o fim do mundo. Elas podem ser tão divertidas como eram antes do termino do relacionamento. Viajar com amigos e familiares ainda é, sem sombra de dúvidas, a melhor alternativa, e se é companhia que você quer, terá. Mas se prefere sossego pra pensar na vida e colocar as ideias no lugar, experimente viajar sozinha e ser sua própria companhia. Não tenha medo de uma aventura a sós. Parta sozinha rumo aquele destino que sempre esteve nos seus sonhos e conheça uma  alternativa que proporciona experiências fascinantes.

Há um momento na vida de uma mulher em que ela precisa de um momento, uma oportunidade de se autoconhecer; Um momento que lhes permita explorar os seus limites físicos, psicológicos, emocionais, etc. E nessa hora faz bem se conhecer melhor e se tornar dona do seu próprio destino, sem depender de ninguém. Mas antes de embarcar nessa aventura é bom que você faça uma pesquisa rápida sobre a região escolhida, como por exemplo, qual o clima predominante, comida, roupas, pessoas, etc.

Confira algumas dicas necessárias para quem pretende viajar sozinha.

1 – Poucas roupas – Não leve muita coisa. Leve o mínimo de roupa possível na mala de viagem. Escolha apenas o que de fato pretende usar. Não sobrecarregue sua mala para evitar que não se esqueça de levar as coisas que são indispensáveis, afinal, você irá passar alguns dias, não vai morar lá;

2- Locais de embarque -  Nos aeroportos, rodoviárias ou em qualquer outro ponto de embarque/desembarque esteja sempre atenta ao local para onde  encaminham a sua mala,  Isso evitará transtornos na hora de desembarcar no local de destino. No entanto, mantenha uma atitude descontraída, calma e segura.

3- Mostre que é uma Pessoa determinada – Mesmo sendo uma viagem sozinha, não precisa entrar em pânico. Mostre para as pessoas que estão  a sua volta que tudo está bem. Não fique insegura. Mostre sempre um nível de segurança razoável. Onde quer que vá, se mostrar uma atitude determinada, ser-lhe-á bastante mais fácil contornar a situação e as pessoas à sua volta não a tomarão como uma pessoa vulnerável e desprotegida;

4- Documentação – É muito importante que você esteja documentada. Porém, não leve os documentos originais quando sair na rua, é preferível que eles fiquem no hotel ou no local onde estiver hospedada. Antes da viagem tire umas xerox e autentique-as, isso evitará perda ou roubo dos documentos originais;

5- Contato com os familiares – É sempre muito importante informar aos familiares cada local por onde passar. Claro que você não é um bebezinho pra ficar dando informações da sua vida a todo instante como fazia quando era adolescente, mas as vezes imprevistos acontecem. Pra quê vacilar?

6 – Nunca peças Informações a desconhecidos – Se acontecer, de repente, de você se perder e não saber voltar para o hotel, jamais peça informações a pessoas desconhecidas. Procure um policial, e caso não encontre, entre em estabelecimentos comerciais e fale com pessoas responsáveis pelo local, mas nunca fale com estranhos, a menos que sejam turistas em grupos que estejam com guias, e isso é fácil de detectar;

7 – Previna assaltos – Vai sair para dar um rolé? Não leve muito dinheiro. Leve apenas o necessário para os gastos com transporte e comida;

Antes de viajar consulte agências de viagens, e procure saber quais os melhores destinos para viajar sozinha. Depois disso, arrume sua mala e bon Voyage!
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