Mulher depois dos 30
Quando o assunto é saúde não
devemos brincar. É importante que toda mulher se cuide em todas as suas fases.
A parte ginecológica é tão importante quanto as outras. A maioria das mulheres,
em alguma fase da vida, irão desenvolver algumas doenças nessa área, como por
exemplo, o aparecimento de miomas, pólipos uterinos, doenças sexualmente transmissíveis,
câncer do colo do útero, etc. No entanto, todas com altas chances de cura se diagnosticadas
e tratadas a tempo. Os pólipos atingem 88% das mulheres. Como se vê, é um índice
alto, mas não há porque se preocupar. Basta cuidar e garantir saúde para levar
a vida e os sonhos adiante. Em alguns casos, para que se retire o pólipo, ou
pequenos miomas é necessário uma histeroscopia cirúrgica. Para que você,
mulher, se mantenha informada, publico aqui um artigo da Doutora Maria
Fernanda, que além de útil, é bastante esclarecedor.
Boa leitura queridas amigas
Pólipos – quantos tipos?
Tipos de pólipos
Os pólipos uterinos são
crescimentos benignos no tecido que reveste a cavidade uterina, formando uma
protuberância na região. Podem também ser encontrados no colo do útero. Os
pólipos são geralmente ligados ao útero por uma base, variam de tamanho e, normalmente,
não possuem células cancerosas.
Em geral, os pólipos não causam
sintomas à paciente, porém em alguns casos a mulher pode apresentar sangramento
vaginal fora do período menstrual, após relações sexuais ou fluxo menstrual
muito acentuado. Os pólipos uterinos se dividem em dois tipos: os endocervicais
e os endometriais.
Pólipos endocervicais e
endometriais
Os pólipos endocervicais são
pequenas projeções que surgem no canal do colo do útero e causam sangramentos
na vagina fora do período menstrual, principalmente após relações sexuais.
Geralmente, a possibilidade de que as projeções endocervicais sejam de origem
maligna (cancerosas) são pequenas, girando em torno 0,5% . Estes casos são
tratados através da histeroscopia.
Os pólipos endometriais - são
projeções que aparecem na mucosa do endométrio (interior do útero) e são comuns
em mulheres acima dos 40 anos. Eles são os principais responsáveis pelo excesso
de sangramento no período menstrual, além de cólicas menstruais fora do período
de menstruação. Pacientes que apresentam pólipo endometrial têm um índice de 3%
de chance de desenvolver câncer no endométrio. A histeroscopia também é usada
para esse tratamento.
A histeroscopia associada ao
recurso visual possibilita uma avaliação precisa do canal cervical e da
cavidade uterina. Observa-se onde estão alojados os pólipos e o médico
especialista os remove da mucosa através de pequenas incisões.
É fundamental realizar exames
ginecológicos com frequência para se diagnosticar esse tipo de problema o
quanto antes, possibilitando uma recuperação tranquila e sem maiores
transtornos à saúde da paciente.
Vídeo-histeroscopia é
uma endoscopia do útero. É um procedimento usado para examinar o útero por
dentro e realizar cirurgias dentro dele, através da vagina. O interior do útero
é como uma bola de aniversário vazia. Se eu colocar um canudinho dentro dela
não vou enxergar nada, mas se eu encher a bola de gás ou de soro fisiológico e
colocar uma câmera na ponta do canudinho e iluminar com uma lâmpada eu consigo
visualizar todo o interior desta bola, certo? Isso é a histeroscopia. Através
de um aparelho fino e comprido contendo uma microcâmera, fonte de luz,
entrada para o meio distensor (gás ou soro fisiológico) e entrada para pinça
auxiliar (tesoura ou biópsia, por exemplo) eu consigo examinar o interior
do útero e realizar biópsias e pequenas cirurgias. Toda a imagem captada por
este aparelho aparece num monitor e pode ser gravada e fotografada em tempo
real.
Existem três diferentes tipos de
histeroscopia. Até médicos que não são especialistas se confundem, claro,
e vocês verão o motivo.
1.Vídeo-histeroscopia diagnóstica (exame, em ambiente ambulatorial, quando
não é necessário fazer biópsia)
2. Vídeo-histeroscopia cirúrgica para biópsia dirigida ou lise de sinéquias
(também é um exame, realizado em ambiente ambulatorial ou hospitalar, com ou
sem anestesia. Também pode retirar pequenos pólipos, sinéquias, retirar de
corpo estranho, reposicionar DIU)
3.Vídeo-histeroscopia com ressectoscópio (é a cirurgia propriamente dita,
em ambiente hospitalar, necessariamente com anestesia)
Há muitas indicações para se realizar a histeroscopia:
Sangramento uterino anormal
Dor pélvica
Corrimento vaginal persistente
Pesquisa de infertilidade
Sangramento pós-menopausa
Auxílio na inserção de DIU e
reposicionamento de DIU
Retirada de corpo estranho
intra-uterino
Suspeita de incompetência
istmo-cervical
Diagnóstico e Acompanhamento de
doença trofoblástica gestacional
Laqueadura tubárea sem cirurgia
Pesquisa de alterações na
ultrassonografia pélvica, exemplo:
Espessamento endometrial
Suspeita de malformação uterina
Suspeita de pólipos, miomas
submucosos, líquido endometrial, cistos ou vesículas endometriais
Deve ser realizado após curetagem
por aborto, para prevenir e, até mesmo retirar eventuais sinéquias
Auxilio nos quadros de restos
ovulares persistentes
A histeroscopia é mais precisa
que a ultrassonografia e os demais exames de imagem porque ela tem a visão
direta do interior do útero e do colo. Deste modo ela vê detalhes que os exames
de imagem podem não ver.
Por isso é comum indicarmos a histeroscopia quando a paciente tem uma queixa, mesmo que a ultrassonografia seja normal.
Por isso é comum indicarmos a histeroscopia quando a paciente tem uma queixa, mesmo que a ultrassonografia seja normal.
Aparelho Histeroscópio
Este exame tem cerca de 5 minutos
de duração. A maioria é feita sem anestesia, em consultório. É difícil prever
quem vai sentir dor, se a dor será suportável ou não. O fato é que a maioria
das mulheres faz o exame sem anestesia e algumas se queixam de um pouco de
cólica durante o exame ou sentem incômodo no momento em que o aparelho está
passando do canal do colo para o interior do útero, devido a uma
"portinha" que temos alí, o orifício interno, que pode estar muito
fechada (estenosada), totalmente aberta (incompetente, nesse caso não dói nada)
ou o que consideramos normal (competente) e o incômodo é passageiro e
suportável. Às vezes eu acho que a paciente vai sentir dor e não sente, e às
vezes eu penso que não vai sentir e sente. Porém nos casos em que a paciente
está realizando o exame e sente dor que impede continuar o exame, é possível
agendar para fazer o exame em centro cirúrgico, sobre anestesia. Há também
casos em que a paciente prefere já fazer com anestesia no hospital.
Falando agora das possibilidades cirúrgicas, a histeroscopia também consegue realizar retiradas de pólipos, de miomas, retirar o endométrio ou parte dele (no tratamento de menstruações intensas, sangramentos uterinos por disfunção ovariana), corrigir septos intra-uterinos, etc. A técnica é parecida com a histeroscopia exame, mas o aparelho introduzido na cavidade uterina tem calibre maior e por dentro dele passa uma alça que, através de energia, corta e cauteriza o problema a ser tratado. É impossível um mioma com mais de 1cm sair inteiro pelo colo, por isso, essa alça vai fatiando o mioma em pedacinhos menores e os retirando de lá, ao mesmo tempo que cauteriza os vasos para parar o sangramento provocado pelo corte.
Este tipo de cirurgia é considerada minimamente invasiva, não apresenta cicatrizes, não leva ponto, a pessoa permanece internada apenas por algumas horas e em até 1 semana retorna às suas atividades normais. Eu falei um pouco dela no post sobre Miomas, pois os miomas submucosos, mesmo com componentes intramurais podem ser retirados através desta técnica.
Como qualquer procedimento cirúrgico, este também pode ter riscos de complicações. Mas devido ao avanço dos materiais utilizados, à experiência do cirurgião, habilidade e respeito aos seus limites, as complicações são bastante, bastante, bastante raras. Pode haver perfuração uterina com ou sem lesão de órgãos vizinhos, infecções, hemorragias, complicações anestésicas e um evento especial chamado Intravazamento (quando a solução usada para distender a cavidade passa para dentro dos vasos sanguíneos em quantidade suficiente para provocar alterações cardíacas, pulmonares ou cerebrais). Mesmo passível de complicações, a cirurgia histeroscópica é mais segura e vantajosa que cirurgias maiores.
Falando agora das possibilidades cirúrgicas, a histeroscopia também consegue realizar retiradas de pólipos, de miomas, retirar o endométrio ou parte dele (no tratamento de menstruações intensas, sangramentos uterinos por disfunção ovariana), corrigir septos intra-uterinos, etc. A técnica é parecida com a histeroscopia exame, mas o aparelho introduzido na cavidade uterina tem calibre maior e por dentro dele passa uma alça que, através de energia, corta e cauteriza o problema a ser tratado. É impossível um mioma com mais de 1cm sair inteiro pelo colo, por isso, essa alça vai fatiando o mioma em pedacinhos menores e os retirando de lá, ao mesmo tempo que cauteriza os vasos para parar o sangramento provocado pelo corte.
Este tipo de cirurgia é considerada minimamente invasiva, não apresenta cicatrizes, não leva ponto, a pessoa permanece internada apenas por algumas horas e em até 1 semana retorna às suas atividades normais. Eu falei um pouco dela no post sobre Miomas, pois os miomas submucosos, mesmo com componentes intramurais podem ser retirados através desta técnica.
Como qualquer procedimento cirúrgico, este também pode ter riscos de complicações. Mas devido ao avanço dos materiais utilizados, à experiência do cirurgião, habilidade e respeito aos seus limites, as complicações são bastante, bastante, bastante raras. Pode haver perfuração uterina com ou sem lesão de órgãos vizinhos, infecções, hemorragias, complicações anestésicas e um evento especial chamado Intravazamento (quando a solução usada para distender a cavidade passa para dentro dos vasos sanguíneos em quantidade suficiente para provocar alterações cardíacas, pulmonares ou cerebrais). Mesmo passível de complicações, a cirurgia histeroscópica é mais segura e vantajosa que cirurgias maiores.
Muito esclarecedor .. Obrigada
ResponderExcluirObrigada me ajudou muito.
ResponderExcluirDeu pra entender melhor sobre o assunto.
ResponderExcluirObrigada
Deu pra entender melhor sobre o assunto.
ResponderExcluirObrigada
Tirou todas as minhas dúvidas!
ResponderExcluirPosso fazer o procedimento sem levar ultrassonografia previa?
ResponderExcluirCom a retirada dos polipos a mulher pode engravidar? Ou necessita fazer tratamento?
ResponderExcluirPode sim! Após a retirada uma nova ultrassom vaginal será realizada para confirmar se todos eles foram retirados. Uma vez retirados não há problemas com gravidez. Boa sorte. Abraços
ExcluirTenho 47 anos(indo para os 48 dia 18/10proximo).Fiz uma HISTEROSCOPIA CIRÚRGICA dia 20/08,pra retirar polipos e um séptico,tenho chance de engravidar ainda naturalmente? Porque provavelmente esse séptico estava impedindo uma gravidez anteriormente.
ResponderExcluirVou fazer minha cirurgia para retirada
ResponderExcluirDo polipo, dia 28/09 e minha menstruação sempre começa nos primeiro dia do mês. Ja estou sentindo colicas e meus seios e minha barriga ja estão inchados será que tem algum problema?
Vou fazer minha cirurgia para retirada
ResponderExcluirDo polipo, dia 28/09 e minha menstruação sempre começa nos primeiro dia do mês. Ja estou sentindo colicas e meus seios e minha barriga ja estão inchados será que tem algum problema?
Bom dia!Há 8 meses fiz uma histeroscopia cirurgica minha recuperação foi boa,m agora me apareceu uma queimacao do lado direito Onde foi realizada a msm na região da cintura indo p costas.Estou preocupada pois estes encomodos aparecem até 2 meses pelo menos esta foi a informação que tive.Alguém saberia me explicar algo.Obrigada!
ResponderExcluir